5/24/2011

Os tipos de profissionais de TI

Postado por Israel Bovolini Jr

http://www.tiespecialistas.com.br/2011/05/os-tipos-de-profissionais-de-ti/


Os profissionais de TI normalmente são um grande mistério para os colegas da empresa. Quantas vezes não recebemos aquele olhar de “esse é da TI, fica no o dia inteiro, baixando filme e bisbilhotando nossos e-mails”? Nós sabemos que esse conceito é – quase sempre – errado, mas existem alguns profissionais que acabam com nossa imagem. Notem que não estou me atendo a níveis hierárquicos, estes tipos estão presentes em quase todo o organograma. Após alguns anos de observação, seguem alguns deles:

O Sopa de Letrinhas
É aquele movido a siglas, que já incorporou seus certificados ao próprio nome. “Meu nome é Fulano MCP ITIL PMP de Tal”. Típico sujeito que trabalha “by the book”, e que quando aparece um problema não previsto no manual, simplesmente trava e não sabe o que fazer, e quando vai falar com o cliente o deixa confuso com sua linguagem secreta.

O Revolucionário
Profissional alternativo, que adora aquela tecnologia obscura que ninguém além dele e do inventor ouviu falar. Normalmente fala mal de metodologias clássicas e funcionais, dizendo que o método XPTO que ele conhece é bem melhor. Quando pedem para que ele explique o método, ele diz que é complicado demais para os outros entenderem. Normalmente o cliente não consegue diálogo com ele, pois não são do mesmo planeta.

O Neco
Este vem com nome e sobrenome. O profissional Neco Migo Não é aquele que simplesmente aplica o efeito Matrix nos problemas. Quando surge uma situação desfavorável ou uma cobrança ele simplesmente se joga de costas e deixa o problema esbarrar no próximo. E sempre a culpa é do cliente.

O Pogueiro
O contrário do Neco. Profissional certificado na metodologia POG (Programação Orientada a Gambiarra) que adora dar um “jeitinho” nos problemas encontrados no projeto, normalmente à custa de performance ou prazos de entrega. Costuma ser bastante solícito (“deixa comigo!”), mas não exija muita qualidade. O cliente adora sua velocidade, mas odeia suas entregas.

O Hardy
“Ó vida, ó azar!”. Alguém se lembra da hiena Hardy, dos desenhos da Hanna Barbera? Para este profissional, o mundo está contra ele, o chefe o está perseguindo, se bobear até o cozinheiro do restaurante está cuspindo na comida dele. Não consegue ouvir o cliente, este é que tem que ser seu confessor.

O Marqueteiro
Este é perigoso. Faz questão de frisar sua participação decisiva em caso de sucesso do projeto, ou se disfarça de Neco quando a bomba estoura. A sabedoria antiga diz que “quem sabe fazer não precisa falar”, mas ele nunca ouviu essa frase. Costuma encantar o cliente até a primeira falha de entrega.

O Dr. Octopus
Tem vários braços, faz questão de assumir todas as tarefas que aparecem, e normalmente não consegue dar conta de nenhuma com qualidade. Vive reclamando que está ocupado demais. Quando acha tempo pra falar com o cliente, mistura as ordens.

O Social
Normalmente vem com um acessório – um iPhone ou algo que o valha – que o permite ficar 24 horas conectado às suas redes sociais. Quando se depara com um bloqueio de navegação entra em colapso. Adiciona o cliente no para poder conversar com ele, mesmo que este esteja a duas mesas do seu lugar.

O Pegador
Não pode ver o sexo oposto na frente que parte pra cima. É um profissional tentador: Ele tenta, tenta, tenta e quase nunca consegue, mas na sala do cafezinho ele saiu até com a VP da empresa. E ela pagou a conta. Se o cliente for do sexo oposto, vai detestá-lo. Se for do mesmo sexo, também.

O Ultratech
Não perde uma novidade: foi um dos primeiros a comprar um Palm, e dormiu na frente da loja da Apple no dia antes do lançamento do iPad. Se algum dia conseguirem viabilizar um ciborgue, ele vai estar na primeira fila de transplante. Ainda não conseguiu falar com o cliente porque ainda não desenvolveram uma interface neural – um cabo ligando os dois cérebros – eficiente.

Claro que isso tudo é exagerado (será?), mas temos que ter em mente que até destes comportamentos suspeitos podemos tirar algumas lições:
  • Certificados são imprescindíveis para demonstrar seus conhecimentos, mas aprenda a pensar fora da caixa. Conhecimento sem aplicação não serve pra nada.
  • Muitas vezes aquele conhecimento que ninguém ouviu falar e não tem nada a ver com a área se mostra útil.
  • Muitos dos problemas que ocorrem não são causados por nós, mas temos que ter a honradez de assumir a bronca quando acontece.
  • Gambiarras nunca são a melhor solução, mas a solicitude em querer resolver problemas é um diferencial. Controle seu impulso de resolver de imediato pois mais tarde isso cobrará seu preço. Sempre.
  • A pessoa que vive reclamando não para pra olhar que existe uma saída, mas se ficarmos sem reclamar de que tem algo errado, ninguém vai parar e perguntar pra você.
  • É IMPRESCINDÍVEL saber se vender, mas aliado a isso temos que ENTREGAR também.
  • Assumir tarefas demais é um risco, mas se você tem essa capacidade de entregar com qualidade você tem grandes chances de sucesso.
  • Temos que ter vida fora da empresa, os contatos ajudam muito na hora de resolver um problema.
  • Se você tem uma pessoa, não é pra sair galinhando pela empresa, e se você não tem nesse caso a máxima “a propaganda é a alma do negócio” só vai te arrastar pro fundo, ninguém quer sair com o corrimão do quartel – em que todo mundo passa a mão.
  • Como profissionais de TI, TEMOS que estar antenados com os lançamentos, mas se não quiser perder dinheiro espere a novidade se consolidar para DEPOIS adquiri-la.
E, se um dia você se deparar com um tipo desses, espero que este texto te ajude a lembrar que às vezes até um pé no traseiro pode ser bom, pois te empurra pra frente. Sucesso!

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